sexta-feira, 11 de maio de 2012

Sítio da Cachoeirinha - Vale do Brejal - Petrópolis RJ



 O Sítio da Cachoeirinha, localizado no Vale do Brejal, produz diversas espécies de verduras, legumes, frutas e hortaliças orgânicas. Trabalham no sítio apenas os seis integrantes da família, que é tradicional na região, além de um ajudante que mora nas redondezas e um pequeno trator que ajuda bastante na hora de abrir os canteiros.
 Seu Enéas, dono do sítio, diz que procura sempre manter um rodízio entre as culturas para que a terra não fique cansada. Aonde saiu o brócolis, entra outro alimento que dê mais nutriente a terra, como o feijão, por exemplo. 
 Possui também no sítio um sistema de compostagem utilizando esterco de vários tipos de animais que são misturados com terra, folhas secas  e serragem até que fique curtido e possa ser utilizado na plantação. Esse processo demora em média de 3 a 4 meses. Durante esse período é preciso ficar revirando o composto até que ele fique homogênio e perca o odor forte de esterco, ganhando um cheiro de terra fresca. Deve-se evitar também que o composto fique muito úmido ou compactado.

 O que é produzido no sítio, junto com o que vem de outros produtores do Brejal (local onde se concentra o maior número de produtores orgânicos do estado) é vendido nas feiras do Rio de Janeiro, Petrópolis e Itaipava. Produtos que também podem ser encomendados pelo site Gaia, Produtos Ecológicos com entrega aos sábados no Rio.

 Nessa época está sendo colhido muito alface, brócolis, beterraba, cenoura, couve, couve-flor, couve-rabana, chuchu, espinafre, jabuticaba ... entre outras muitas espécies. 
 No calor da nova estação, são plantadas as variedades que estão mais adaptadas a temperaturas altas. São variações de uma mesma espécie, como brócolis ou alface, que apresentam maior resistência a esse clima. A maioria das mudas são fornecidas pela Katsumoto Mudas, que produz mudas organicamente e também está localizada no Vale do Brejal.
 É possível visitar o sítio em excursões que acontecem periódicamente saindo do Rio de Janeiro. Não se preocupem, as próximas excursões a serem organizadas serão divulgadas aqui no blog. 
 Abaixo está um link para o vídeo que mostra como foi a visita ao Sítio da Cachoeirinha nesse final de semana. Mais uma oportunidade para ver como são cultivados os alimentos orgânicos que chegam sempre bonitos e saudáveis a vossa mesa. 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Escola da Mata Atlântica - Aldeia Velha - Setembro 2011


Apesar de não ser uma Horta Caseira, esta horta que pertence a Escola Municipalizada de Aldeia Velha, merece destaque pois integra o projeto eco-pedagógico da Escola da Mata Atlântica. O projeto tem a proposta de cultivar saberes agroecológicos interligando a horta da escola com a conservação das sementes crioullas, na Casa das Sementes Livres de Aldeia Velha, que fica ao lado da horta e foi construída em pau-a-pique. Esta postagem é uma homenagem a esses personagens que humildemente fazem o seu trabalho de difundir a educação ambiental nas escolas rurais do nosso Brasil. Local da onde sairão nossos futuros agricultores. 
Conheça o projeto no site:




Com o final do Inverno e a chegada da Primavera, estas fotos tiradas hoje mostram a transformação da horta que vai esgotando suas hortaliças e abrindo espaço para que novas espécies possam ser cultivadas para as próximas estações. Um detalhe importante desta horta é notar a união entre as diversas espécies mostrando que não é só de verduras que se faz uma horta. O ingá, o urucum, o mamão entre outras árvores estão ai para provar isso. E quem ganha duplamente são as crianças da Escola que aprendem e se alimentam com alimentos orgânicos fresquinhos colhidos da horta. 
Um abraço aos amigos da Escola!!

Ao lado da horta está a Casa de Sementes (branca) e ao
fundo está a Escola de Aldeia Velha.


Horta Caseira em Aldeia Velha - Junho de 2010 a Março de 2011.




No Inverno, enquanto plantávamos alface e feijão preto, a bananeira já estava lá, remanescente do círculo de aipim da estação passada. 




Ao fim do Inverno, novos círculos de aipim foram preparados.
E já antes do começo da Primavera podiam se ver os brotinhos.
Crescendo...


Até que chegou Setembro e junto com a Lua Nova veio a chuva e a vontade de plantar milho vermelho vindo do Quilombo de Tapinoã cresceu.


Aproveitamos para tentar inserir a batata yacon em nossa região.


E enfim chegaram o calor arrasador e as chuvas de Novembro.
Entre outras plantas estava lá a couve.




O inhame.


Tudo cada vez maior.
Até ficar abundantemente completo o terreno. Ficou talvez um dos mais belos 'metros quadrados' que já vi! E o Verão chegou com uma bela colheita de milho crioullo, que aos poucos foi virando uma deliciosa papa de milho.
Amigo Argeu ajudando na colheita do aipim. 




Durante os meses de Janeiro e Fevereiro chove pouco em minha região e faz muito calor. Ambiente excelente para o aipim se agigantar rapidamente. Observe a linha de feijões-guandú que cresce ao lado da plantação. 
Chega o fim do Verão e a banana-da-terra já se prepara para o novo ciclo. Os pés de guandú alimentam o chão, que ainda darão mais um ou dois ciclos de aipim, antes de virarem toceiras graúdas de banana-da-terra e fazerem muita sombra para o plantio de aipim ou milho. Daí se aproveitam as bananeiras para adubar o solo, junto com as árvores de guandú que estão sempre presentes, inclusive barrando os fortes ventos. Em alguns anos o bananal já estará em tempo de ser limpo e a terra já estará descansada o suficiente para produzir um novo sistema agro-florestal. Até a próxima estação!!!